quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Grêmio campeão da Libertadores



            Não é um campeonato fácil. Talvez seja o campeonato mais difícil do mundo, tendo em vista a feroz catimba praticada pelos times, incluindo os brasileiros. As torcidas comportam-se no mesmo registro, com fanatismo e violência. Isso quando os árbitros (no meu tempo a gente chamava de juiz mesmo) não interferem no resultado das partidas, levando jogadores e torcedores à loucura.
            Daí o título tão cobiçado. É preciso ter raça para levar a Libertadores. E o Grêmio tem raça, tricampeão que é, desde ontem.
            Jogo de decisão costuma ser feio, placar parco, muitas faltas. Ontem não foi assim: os gaúchos arrasaram o tal Lanús, time aliás bem fraquinho – não sei como chegou às finais.
            O primeiro gol, marcado por Fernandinho, comprovou a gana do time; ele pegou a bola ainda em seu próprio campo e avançou destemido confiante e soltou a bomba, para estufar as redes do adversário.
O segundo, de Luan, foi uma pintura! O jogador promete, pela classe, inteligência, precisão, talvez no escrete.
Uma última palavra sobre o Lanús: gostei do goleiro Andrada, que joga adiantado, como um líbero, com bom domínio de bola com os pés. Embora tenhamos ótimos goleiros atualmente no Brasil (destaque para a escola de goleiros do Palmeiras, a mais famosa do país), nenhum deles sabe sair do gol, nem mesmo para interceptar um cruzamento na pequena área. Muitos gols são marcados por esse tipo de falha, que não vejo ser corrigida pelos técnicos de futebol.
Enfim, parabéns ao Grêmio!

Foto: Eitan Abramovich / AFP

Um comentário:

  1. Destaque para a disciplina tática dos jogadores, às vezes marcando a saída de bola no campo adversário, encurralando-o até a linha de fundo! Méritos para o técnico.

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