Não é um
campeonato fácil. Talvez seja o campeonato mais difícil do mundo, tendo em vista a feroz catimba
praticada pelos times, incluindo os brasileiros. As torcidas comportam-se no
mesmo registro, com fanatismo e violência. Isso quando os árbitros (no meu tempo
a gente chamava de juiz mesmo) não interferem no resultado das partidas,
levando jogadores e torcedores à loucura.
Daí o título tão cobiçado. É preciso
ter raça para levar a Libertadores. E o Grêmio tem raça, tricampeão que é,
desde ontem.
Jogo de decisão costuma ser feio,
placar parco, muitas faltas. Ontem não foi assim: os gaúchos arrasaram o tal
Lanús, time aliás bem fraquinho – não sei como chegou às finais.
O primeiro gol, marcado por
Fernandinho, comprovou a gana do time; ele pegou a bola ainda em seu próprio
campo e avançou destemido confiante e soltou a bomba, para estufar as redes
do adversário.
O
segundo, de Luan, foi uma pintura! O jogador promete, pela classe,
inteligência, precisão, talvez no escrete.
Uma
última palavra sobre o Lanús: gostei do goleiro Andrada, que joga adiantado,
como um líbero, com bom domínio de bola com os pés. Embora tenhamos ótimos
goleiros atualmente no Brasil (destaque para a escola de goleiros do Palmeiras,
a mais famosa do país), nenhum deles sabe sair do gol, nem mesmo para
interceptar um cruzamento na pequena área. Muitos gols são marcados por esse
tipo de falha, que não vejo ser corrigida pelos técnicos de futebol.
Enfim,
parabéns ao Grêmio!
Foto: Eitan Abramovich / AFP
Destaque para a disciplina tática dos jogadores, às vezes marcando a saída de bola no campo adversário, encurralando-o até a linha de fundo! Méritos para o técnico.
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