Pleno deserto, sol de meio-dia.
Último terrorista, de pé sobre
um pequeno monte, afirma que, com a derrota definitiva do Estado Islâmico, não
vale mais a pena viver.
Ele
arrancou turbante que lhe cobria o rosto, tirou da cintura a faca, cortou o
próprio pescoço com golpe certeiro, adquirido pela prática, espirrando sangue
sobre a areia quente do deserto.
Assim
morreu o último fanático, pensou Amós Oz, ainda durante o sonho.
Oz
acordou aliviado, antes que se desse conta de que era um sonho.
O que parecia impossível aconteceu: curou-se um fanático. Pena que com tanta crueza.
ResponderExcluirAmós Oz é incrível. Assisti recentemente a palestra dele em SP no Fronteiras do Pensamento. Fiquei ainda mais encantada. Esse trecho é do ultimo livro ? Ainda não li, está na fila...
ResponderExcluirAdriana, digo que o sonho é de Amós Oz, mas o texto é meu. Se estiver interessada na gênese desses textos leia: http://loucoporcachorros.blogspot.com.br/2015/12/sonhos-moda-de-franz-kafka.html
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