almoço servido às onze
em ponto e ai do filho
se não estivesse à mesa
às onze em ponto
mãos lavadas roupa limpa
à espera do arroz fumegante
do feijão fumegante
exigências do pai
à cabeceira da mesa
a comandar todas as coisas
ainda hoje quando destampo
a panela do arroz fumegante
sinto a presença forte
do meu pai tentando
comandar a hora do almoço
a comida bem quente
e todas as coisas
e todas as coisas
será que isto é que é vida após a morte, Andre?
ResponderExcluirFreud aventou esta hipótese. Às vezes a presença do ente querido nos é tão forte, que acreditamos que ele continua a existir.
ResponderExcluirSensação intensa!
ResponderExcluirBonito poema
ResponderExcluirOs mortos à nossa volta... Estão vivos, pode crer.
ResponderExcluirO nosso Anônimo assim explica a "presença" dos mortos, se é que bem entendi.
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