Variações do véu islâmico: hijab (à esq.), niqb (à dir., acima) e burca (à dir., abaixo)
Nada mais atual e polêmico que o uso do burkini utilizado
por muçulmanas nas cidades litorâneas francesas. Prefeitos de algumas dessas
cidades estão proibindo o uso do traje de banho, que cobre praticamente todo o
corpo da mulher. (Que coisa horrível!)
A França
já banira o uso do véu em escolas públicas, e depois em todos os espaços
públicos. Logo a França, baluarte mundial em liberdades individuais!
Qualquer proibição religiosa – especialmente esta de
esconder o corpo – quanto a usos e costumes me parece arcaica e retrógrada em
pleno século XXI. Mas daí proibirem-se esses usos e costumes, vai uma grande
diferença.
Em sua
crônica de hoje na Folha de S. Paulo, Hélio Schwartsman coloca as coisas em seu
devido lugar, com o brilhantismo de sempre:
“O que está em questão é a própria função do Estado. Se você
acha que ele tem a missão de formar o melhor cidadão possível – o que quer que
isso signifique –, pode simpatizar com a posição dos franceses. Se, por outro
lado, pensa que o poder público deve limitar-se a criar um ambiente em que os
cidadãos possam perseguir a vida que preferirem, deve, como eu, rejeitar o veto
ao burkini.”
Se
as mulheres que usam o tal burkini – até o nome me soa inadequado, quando
comparado com o biquíni – forem feias, menos mal; se forem bonitas, que
desperdício!
fotomontagem: Folhaonline
De burcas e burquinis ficam todas feias. A Franca fica feia em proibir.
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