quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Véus, burcas e burkinis


Variações do véu islâmico: hijab (à esq.), niqb (à dir., acima) e burca (à dir., abaixo)


            
              Nada mais atual e polêmico que o uso do burkini utilizado por muçulmanas nas cidades litorâneas francesas. Prefeitos de algumas dessas cidades estão proibindo o uso do traje de banho, que cobre praticamente todo o corpo da mulher. (Que coisa horrível!)
            A França já banira o uso do véu em escolas públicas, e depois em todos os espaços públicos. Logo a França, baluarte mundial em liberdades individuais!
Qualquer proibição religiosa – especialmente esta de esconder o corpo – quanto a usos e costumes me parece arcaica e retrógrada em pleno século XXI. Mas daí proibirem-se esses usos e costumes, vai uma grande diferença.
            Em sua crônica de hoje na Folha de S. Paulo, Hélio Schwartsman coloca as coisas em seu devido lugar, com o brilhantismo de sempre:

“O que está em questão é a própria função do Estado. Se você acha que ele tem a missão de formar o melhor cidadão possível – o que quer que isso signifique –, pode simpatizar com a posição dos franceses. Se, por outro lado, pensa que o poder público deve limitar-se a criar um ambiente em que os cidadãos possam perseguir a vida que preferirem, deve, como eu, rejeitar o veto ao burkini.”

            Se as mulheres que usam o tal burkini – até o nome me soa inadequado, quando comparado com o biquíni – forem feias, menos mal; se forem bonitas, que desperdício!



fotomontagem: Folhaonline

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