A morte
E o Poeta morreu.
A sombra do cipreste pôde
enfim
Abraçar o cipreste.
O torrão
Caiu desfeito ao chão
Da aventura celeste.
Nenhum tormento mais,
nenhuma imagem
(No caixão, ninguém pode
Fantasiar).
Pronto para a viagem
De acabar.
Só no ouvido dos versos,
Onde a seiva não corre,
Uma rima perdura
A dizer com brandura
Que um Poeta não morre.
Miguel Torga
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO poeta existiu mesmo, e morreu? Torga o admirava? Apenas força de expressão? Mania de português? Quando morre um poeta o mundo fica mais triste.
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