sexta-feira, 28 de setembro de 2012

mania


na parada de ônibus
enquanto a condução não chega
e quando ela chega
ônibus trem metrô
no bar piscina restaurante
antes da comida durante e depois
na loja farmácia supermercado
na fila do caixa ou em qualquer fila
na beira da calçada
ou à beira da morte
num degrau de qualquer escada
debaixo da escada ou em cima dela
enquanto o frentista enche o tanque
enquanto o sinal não abre
e até mesmo depois que ele abre
na sala quarto banheiro
no fundo do quintal ou no topo de um prédio
no cinema teatro hospital
em todo lugar
AGORA
tem alguém teclando um celular

2 comentários:

  1. Ótima André, gostei do andamento da poesia com ritmo interessante . Do meio em diante já adivinhava o final.

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  2. Pois eu confesso que não atinei com o fim até chegar nele! Ótimo!0

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