À hora do repouso noturno deitou-se com seu pequeno cão que, como de costume, se acomodou ao pé do leito. Ao lado jazia a Morte, com sua presença quase física, paciente silenciosa determinada.
Naquele estado de semiconsciência, do lugar mais secreto de sua alma, aflorou nítido o pensamento:
– Eis o sentimento da mais profunda solidão.
Passados alguns segundos o cão despertou, caminhou pelo leito e se aninhou em seu peito.
Sem pedir licença, a Morte se fastou, ciente de que fora apenas uma batalha perdida. Levou consigo a Solidão!