segunda-feira, 15 de julho de 2013

6. Diário: 27/06/13


Semana difícil, por causa das despedidas. Vários analisandos chorando convulsivamente durante a última sessão. Isso me afetou muito, como se eu sentisse a morte mais próxima. Clara desnorteou-se completamente: tocou a campainha de minha casa às 8 h da noite, dizendo que havia esquecido a chave; não era dia de sessão dela. As despedidas de meus pacientes são perdas que afetam a ambos os lados. Um ótimo símbolo para uma mudança de vida, um recomeço, agora sem saber bem que rumo tomar. Por ora, o projeto deste texto. Talvez estas perdas constituam um elemento fundamental do processo de morrer. Preciso me acostumar com 
elas, elas fazem parte do processo.            

Um comentário:

  1. Voce é muito corajoso! Eu nao tive peito para me despedir, fugi covardemente, miseravelmente. Mas nao saberia fazer diferente, por isso me perdoo.

    ResponderExcluir