Conheço nada
sobre Teologia, disciplina sobre a qual tenho pouco interesse. Mas não deixa de
chamar a atenção, até mesmo de um ateu empedernido, as últimas declarações do
Pontífice, divulgadas pela Folha de S.Paulo (29.mar.2018).
O
papa Francisco, em conversa com Eugenio Scalfari, fundador do jornal
italiano La Repubblica, afirmou – ou teria afirmado! – que "o inferno não existe; o que existe é
o desaparecimento das almas pecadoras". "Não existe um
inferno em que sofrem as almas dos pecadores por toda a eternidade", teria
dito o pontífice, segundo a reportagem de Scalfari, publicada nesta
quinta-feira (29). "Aqueles que não se arrependem e portanto não podem ser
perdoados desaparecem."
O Vaticano afirma que o papa recebeu
Scalfari para um encontro privado, sem conceder entrevista, e que as falas
citadas no texto não deveriam ser consideradas "uma transcrição fiel das
palavras do Santo Padre".
Scalfari,
de 93 anos, que é ateu e entrevistou o papa diversas vezes, já disse
anteriormente que não grava nem anota suas entrevistas.
A
abolição do Inferno não me causa qualquer surpresa; ao contrário, é mesmo uma
providência inteligente, pois carece de sentido. Agora, o desaparecimento das
almas pecadoras, isso sim, é um espanto!
Pena
que o tal Scalfari não tenha gravado a conversa.