As descobertas sobre a Evolução das Espécies – e não
mais sobre a Teoria da Evolução das Espécies –, prosseguem. Poucos assuntos interessam tanto a este blogueiro quanto este, e tem sido motivo de constantes postagens. Hoje não se fala mais em "elo perdido", pois os achados de fósseis se sucedem, fechando aos poucos o entendimento sobre a fantástica evolução que culminou no Homo sapiens.
A reportagem de hoje de Fábio
de Castro, de O Estado de S. Paulo, traz a seguinte manchete:
Humanos e Neanderthais se
misturaram na Europa.
E destaca: “Análise de uma mandíbula de 40 mil anos encontrada na
Romênia mostra que ela pertenceu a um humano moderno cujos ancestrais eram
Neanderthais há menos de seis gerações; descoberta contradiz tese de que
espécies se misturaram no Oriente Médio. Segundo os
cientistas, o estudo é a primeira prova genética de uma hibridização entre as
duas espécies em território europeu.”
“O
fóssil, de um dos mais antigos humanos já encontrados na Europa, tinha de 6% a
9% de seu código genético derivado de um Neanderthal - uma proporção maior que
a de qualquer outro genoma humano sequenciado até agora.” Para os autores do estudo, publicado
na revista Nature, essa proporção indica que o indivíduo era separado de
seu ancestral Neanderthal por um intervalo de apenas quatro a seis gerações.
Há aproximadamente 45 mil anos atrás, os
únicos humanos que viviam na Europa eram os Neanderthais. De 35 mil anos para
cá, o continente passou a ser ocupado exclusivamente por humanos modernos.
Os cientistas acreditavam que os
primeiros humanos vindos da África misturaram-se com os Neanderthais no Oriente
Médio, há cerca de 50 mil ou 60 mil anos. A nova descoberta indica que as duas espécies
viveram juntas na Europa por até 5 mil anos.
São
testemunhas de uma troca cultural entre os dois grupos as tecnologias de
ferramentas, rituais de sepultamento e decoração corporal.