O título da
reportagem de Ana Luiza
Daltro para a BBC Brasil de
São Paulo (18 abril 2017) é impressionante: “Rebaixar o currículo: a 'tática'
para conseguir emprego que floresce na crise”.
Bárbara
Lourenço, após conseguir emprego como analista de processos operacionais em uma
firma de tecnologia da informação, afirmou: "Minha gerente brincou dizendo que eu tinha mais
cursos extras do que ela, a coordenadora e a supervisora juntas".
Acontece que “Bárbara havia usado um
recurso cada vez mais recorrente, em tempos de vacas magras no mercado de
trabalho, entre profissionais mais qualificados: omitir qualificações do
currículo para não parecer capacitada demais para um cargo”, afirma Daltro.
Demitida em junho de 2016, Bárbara
soube, logo na primeira entrevista de emprego após a demissão, que "tinha
qualificações demais para a vaga em um momento de crise".
Em outra tentativa, o próprio gerente
disse que ele era menos qualificado do que ela.
Conclui Bárbara: "Fiquei muito
brava. Passei a ter medo de me apresentar com todos os conhecimentos que paguei
muito pra ter. Jamais imaginei que precisaria, mas comecei a listar apenas
experiências mais básicas. Funcionou".
A isso dá-se o nome de "rebaixamento
voluntário" do currículo.
Para este blogueiro que
não cansa de afirmar que na vida tudo é uma questão de educação, a reportagem é
uma paulada na moleira!