Há três dias
este blog noticiou que o quadro Salvator Mundi, atribuído a Leonardo da
Vinci, tornou-se a obra de arte mais cara da história, ao ser leiloada por US$
450 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) na noite da quarta-feira, 15, em Nova
York.(https://loucoporcachorros.blogspot.com.br/2017/11/salvador-do-mundo.html)
A notícia foi oferecida sem qualquer
outro comentário ou juízo de valor. Este blogueiro não previu a onda de
publicações sobre o dinheiro empregado na tal compra.
Gente do peso de um Elio Gaspari e
de Hélio Schwartsman ocuparam-se do assunto, revelando enorme estranhamento com
a exorbitância gasta. Este último, por quem nutro aberta admiração, terminou
sua última crônica com a frase: “A conclusão, inexorável, é que o ser humano é
um bicho esquisito.”
Aventaram-se as mais diversas
possibilidades na tentativa de explicar o fenômeno. Puro investimento
financeiro? Uma concorrência desmedida entre compradores? O mercado da arte
ensandeceu? Tudo resultado do marketing espetacular desenvolvido pela casa de
leilões?
Apenas não vi notícia de que se tratava
possivelmente de um fanático por Leonardo da Vinci, que possuía o dinheiro,
arrematou o quadro, e pronto, ninguém tem nada a ver com isso.
Esta não deve ser a interpretação
correta dos fatos, mas é a minha interpretação. Se eu tivesse tido um filho
homem, ele se chamaria Paulo Leonardo: Paulo, em homenagem ao meu irmão Paulo;
Leonardo, em honra a Leonardo da Vinci.
Assim, tivesse eu sobrando o
dinheiro que o tal comprador, ainda não identificado, tinha, eu compraria o
Salvator Mundi. E, digo mais, sem qualquer esperança de que o Salvador de fato viesse
a salvar o mundo...
Encerro esta desvairada
crônica afirmando que sempre desejei ter filhas mulheres, tendo sido agraciado
duplamente nesse aspecto.