“O Museu da Casa Brasileira
(MCB) se dedica às questões da cultura material da casa brasileira. É o único
do país especializado em design e arquitetura, tendo se tornado uma referência
nacional e internacional nesses temas. Conhecido pela localização privilegiada,
uma mansão da década de 40 quase no cruzamento das avenidas Faria Lima e Cidade
Jardim, o MCB é um verdadeiro oásis entre os prédios da região com seu jardim
de mais de 6 mil metros quadrados.”
“O edifício neoclássico com
mais de 1.200 m² de área construída, num terreno com então aproximadamente
15.000 m², hoje reduzido a 7.200m², foi erguido na década de 40 por Fábio da
Silva Prado, ex-prefeito de São Paulo (1934-38) para viver com sua esposa,
Renata Crespi da Silva Prado. Nesse momento, as elites paulistanas deixavam os
bairros antigos (Campos Elíseos, Luz e posteriormente Avenida Paulista) em
direção aos “bairros-jardins”, região privilegiada por seu traçado
planejado.
O projeto, encomendado ao arquiteto paraense Wladimir Alves
de Souza, reproduz as linhas do Palácio Imperial de Petrópolis e tem clara
influência da obra do italiano Andréa Palladio, veneziano que viveu no século
XVI.
O solar dos Prado foi endereço do casal por mais de 15 anos.,
período em que se transformou em local de grandes recepções oficiais. Com a
morte de Fábio da Silva Prado, em 1963, Renata Crespi deixou a casa. Sem
herdeiros, ela transferiu a posse do Solar à Fundação Padre Anchieta, em 1968,
respeitando a vontade do ex-prefeito, que planejava doá-lo ao poder público
desde a sua construção. Em novembro de 1970, a Fundação Padre Anchieta passou o
uso do Solar em comodato para o governo do Estado, que ali resolveu instalar o
Museu da Casa Brasileira.”
Um belo passeio, pouco conhecido, na cidade de São Paulo!
Fotos: A.Vianna, nov. 2014.