Morreu nesta sexta-feira (14 jan 2022), em casa, o poeta amazonense Thiago de Mello, aos 95 anos. Suas obras foram traduzidas para mais de 30 idiomas. No ano passado ele foi homenageado pela Bienal de São Paulo.
Guardo dele em minha fraca memória, fragmento do poema O livro, que reproduzo aqui em sua homenagem.
“Como nunca morri, não sei da morte.
Da vida sei, e tanto sei, que faço
com este verso uma declaração
de amor, talvez de queixa: ela é que vem
de mim se despedindo devagar,
fatigada de mim, enquanto agarro,
com as garras de todos os sentidos,
o que ela ainda me dá, sempre encantada.”
Thiago de Mello
De uma vez por todas
Civilização brasileira, 1996, p. 32.