Extraído de “Trópicos utópicos”, de Eduardo Giannetti
(1):
“A
expressão de alívio de Sócrates – “Quantas
coisas no mundo das quais não preciso!” – ao retornar de um passeio pelo
mercado de Atenas.”
Alívio
mesmo sentiria Sócrates ao sair de uma visita a um de nossos shoppings modernos, sempre abarrotados
de bugigangas, com suas vitrines reluzentes, liquidações irresistíveis, a virar
a cabeça dos consumidores, tornando-os compradores compulsivos que abandonam a
própria capacidade de pensar.
Talvez
seja esta a diferença fundamental entre Sócrates e o consumidor compulsivo: a
capacidade de pensar.