“No
meu governo, a educação será uma prioridade.”
Todos os candidatos à
Presidência da República bradam esta frase, desde tempos imemoriais, em suas
campanhas eleitoreiras.
Todos destacam a
importância do ensino fundamental – “a prioridade número 1”.
A importância do professor
e a necessidade de melhores salários para a classe também são questão de honra
para os candidatos.
Programas de reciclagem
para o corpo docente constituem uma necessidade imperiosa.
Ultimamente, a criação de
milhares de creches foi acrescentada a tal prioridade.
O aprimoramento do ensino médio e o combate à
evasão escolar são compromissos inadiáveis.
O apoio às universidades e
à pesquisa, incluindo a pós-graduação mais recentemente, são fundamentais para
o fortalecimento do país.
Blá blá blá...
Depois de eleitos, os
candidatos nada cumprem daquilo que prometeram, o tema some do noticiário, o
ministro da educação quase sempre é um homem manietado por falta de verbas e
vontade política, pois a educação agora já não é mais prioridade.
A educação, sob certo
aspecto, se parece com o saneamento básico. Este último raramente é executado
porque as obras são subterrâneas e ninguém as vê, o que equivale dizer que não
redundam em votos no futuro. A educação, quando bem praticada, dará resultados
daqui a 30 anos, o que também não dá votos. São duas prioridades de campanha
apenas.
Tal obviedade demonstra o
desprezo dos candidatos pela inteligência do eleitor, visto como uma criança
que pode ser facilmente ludibriada com um pirulito. Será isso mesmo o eleitor,
alguém que se deixa enganar pelas aparências de toda sorte? Talvez muitos o
sejam.
Eis aí a perversidade do círculo
vicioso! O eleitor deixa-se enganar exatamente por falta de Educação.
Até quando, até quando?