Antenas do
telescópio ALMA, no Chile, usadas para captar
a fusão das duas
estrelas de nêutrons. ESO
A descoberta mais importante do ano,
segundo a revista Science, é assim descrita por Nuño Domínguez, para El País (22 DEZ 2017):
“Há 130 milhões de
anos, quando os dinossauros
ainda dominavam a Terra, duas estrelas de nêutrons colidiram na constelação de
Hidra. Eram tão densas que uma colher de chá de sua substância pesava um bilhão
de toneladas. O choque produziu uma explosão de ondas gravitacionais que
deformaram em sua passagem o espaço-tempo, o material de que é feito o universo. Em 17 de agosto,
o interferômetro
laser do observatório LIGO
em Hanford (EUA), um dos instrumentos científicos de maior precisão do planeta,
captou as ondas
gravitacionais produzidas por aquele cataclismo, muito debilitadas
após sua longa viagem intergaláctica. Segundos depois, telescópios espaciais
observaram uma poderosa explosão de luz bem na direção de Hidra. Era a primeira
vez que se observava uma fusão de estrelas de nêutrons, e isso foi feito usando
tanto a luz como as ondas previstas há mais de um século por Albert Einstein.”
Os cientistas estimaram que a colisão
brilharia como 1.000 novas, daí o nome quilonova.
O mais provável é que os dois astros tenham se transformado em um buraco negro.
Para quem gosta de palavras, uma nova palavra vale tanto quanto uma nova estrela.
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