Está publicado no livrinho minimalismos – aforismos, microcontos e
haicais, e também neste blog, o aforismo predileto deste blogueiro:
O cão humaniza a família.
Pois agora surge interessante notícia
correlata: a Argentina desenvolve programa de reabilitação de presos em final
de pena utilizando o adestramento de cães. A relação com o animal pode acarretar verdadeira ajuda
emocional aos apenados, além de lhes proporcionar possibilidade de emprego ao
deixar a prisão.
O adestramento dos cães dura de um ano
e meio a dois anos, dependendo do comportamento do animal, e os primeiros três
animais adestrados foram doados no mês passado a pessoas deficientes.
Paulina Quinn, uma freira americana, é
a pioneira neste método criado em 1981. Ela relata que, após ter sido vítima de
violência, encontrou no adestramento de cães uma saída para sua vida. Ela
coordena o programa chamado Prison Dog
Project nos Estados Unidos.
Impressionante o relato de Quinn: "Meu
pai foi prisioneiro de guerra e nunca superou o trauma. Fui criada em uma casa
com muita violência, fugi e passei por 14 instituições juvenis, onde fui
torturada. Um dia, morando na rua, ganhei um cachorro, passei a adotar outros e
fui vendo como eles me ajudaram a perder o medo, a viver melhor e a passar a
andar de cabeça erguida.”
Uma certa
mãe, com três filhos e casada com um pai problemático, relatou-me que os filhos
brigavam ininterruptamente. Aconselhei-a que adquirisse um cãozinho. Depois de
muito relutar, aceitou a ideia. Três meses depois, contou-me a fala da filha
caçula:
– Mamãe,
já reparou que não brigamos mais depois que a Lulu chegou?!
Ao que acrescentei:
– O cão
humaniza a família.