quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O microconto de T. B. Aldrich



Um primor de edição a Antologia da Literatura Fantástica, organizada por ninguém menos que Adolfo Bioy Casares, Jorge Luis Borges e Silvina Ocampo, com tradução de Josely Vianna Baptista.
A Cosac Naify (2013) caprichou: capa dura, revestida de um papel aveludado imitando tecido, cortes superior, dianteiro e inferior em cor azul, cabeceado, margens das páginas também em azul, guarda e folha de guarda ilustradas, uma belezura! 
            E o que mais impressionou (favoravelmente) este blogueiro é que o segundo conto é um microconto, gênero fartamente publicado neste Louco por cachorros!
O autor, Thomas Bailey Aldrich, poeta e romancista norte-americano (1836-1907). Vamos a ele:
           
Sozinha com sua alma.

“Uma mulher está sentada sozinha em sua casa. Sabe que não há mais ninguém no mundo: todos os outros seres estão mortos. Batem à porta.”


            São precisamente 133 toques e, portanto, um microconto tuitável, do jeito que o Louco gosta! E selecionado por Bioy Casares, Borges e Silvina Ocampo...

A fala dos bonobos



A reportagem de Fábio de Castro para O Estado De S. Paulo de 4/8 traz o sugestivo título de “Comunicação vocal dos bonobos é semelhante à dos bebês humanos”.

Em essência, os cientistas da Universidade de Birmingham (Reino Unido) e da Universidade de Neuchatel (Suíça), estudando bonobos selvagens da República Democrática do Congo, concluíram que estes primatas utilizam um mesmo som para diferentes sentidos, de acordo com o contexto. E fazem-no de maneira semelhante à dos bebês humanos que ainda não aprenderam a falar, flexibilidade na comunicação que ainda não havia sido encontrada em outros animais.

E ainda mais interessante, como acontece com bebês humanos, “o receptor precisa fazer inferências com base no contexto para compreender o sentido das vocalizações”. 

"Dar sentidos diferentes a sons iguais é algo que muitos pensavam ser uma característica única dos humanos", afirmou a pesquisadora Zanna Clay, da Universidade de Birminghan.

A pesquisadora afirma que a “flexibilidade da comunicação dos bonobos pode ser indício de uma importante transição evolutiva: das vocalizações dos animais, fixadas em uma função única, para as vocalizações humanas, mais flexíveis.”  Os cientistas acreditam que essa transição ocorreu entre 6 milhões e 10 milhões de anos.

"É preciso fazer mais pesquisas sobre os grandes primatas, antes de tirar conclusões sobre o caráter único do ser humano. Quanto mais estudamos, mais proximidade encontramos entre animais e humanos", afirmou.

            Este blogueiro gosta de enfatizar que a Teoria da Evolução das Espécies, iniciada por Charles Darwin (1809-1882), agora deve chamar-se Evolução das Espécies, pois não se trata mais de uma teoria. Descobertas como esta relatada acima, aos poucos, vão acrescentando novas evidências ao belíssimo processo de evolução.





O lado feio da lua

A foto do dia


Esta bola cinzenta em frente à Terra é a lua, vista do outro lado...

Foto: Nasa