quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

instalação




há coisas que a gente vê
(em companhia do irmão)
não registra o nome
nem o autor
e nunca mais se esquece
as pequenas vasilhas brancas
de diferentes tamanhos
boiando num céu azul
estão cheias dágua
quando se tocam
produzem tinidos
de diferentes alturas
poesia na dureza
dos tijolos aparentes
da Pinacoteca do Estado

Fotos: A.Vianna e Paulo Sérgio, São Paulo, 2009.

grade, árvores e pelourinho


o novo Marquetti
um jardim dentro de casa
magia da arte


Três gatos encaixotados


O mesmo Baltazar, um persa completamente negro, ladeado por suas filhas Blimunda e Albiera, também pretas.

Foto: A. Vianna, Brasília, 2008.

Baltazar


Realidade e ficção podem misturar-se até mesmo numa fotografia.

Foto: A.Vianna, Brasília, 2009.

Eros e Psique



Esta escultura é uma cópia romana de original grego do século II AC, e encontra-se no Palazzo Nuovo, na Praça do Campidoglio, em Roma.
        O mito de Eros e Psique tem sido expresso nas mais variadas formas de arte, inclusive, é óbvio, na Literatura. 
        Mas não deve haver história mais bem contada, baseada no original de Apuleio, que esta contida em Mar de Histórias, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Paulo Rónai, da Ed. Nova Fronteira. Disponho da terceira edição, de 1980, mas sei de reedição recente (quarta edição, 1999) desta magnífica coleção em 10 volumes.
        O conto intitulado Amor e Psique encontra-se no primeiro volume, Das origens à Idade Média. Assim ele tem início:
        "Havia em certa cidade um rei e uma rainha que tinham três filhas de conspícua beleza. As duas mais velhas, embora de lindíssimo aspecto, podiam ser condignamente celebradas por louvores humanos, ao passo que a humana linguagem se mostrava incapaz de descrever, ou mesmo de suficientemente exaltar, a extraordinária formosura da mais jovem. Muitos concidadãos de menina, e bem assim grande número de curiosos forasteiros, atraídos da fama de tão singular espetáculo, pasmavam ante aquela inexcesível beleza e reverenciavam-na com religiosa adoração, levando a mão direita à boca e apertando o índice de encontro ao polegar, tal como se venera a deusa Vênus." (pág.73).


Fotos: A. Vianna, Roma, 2011.


des-memória



o choro sentido
da primeira infância
ainda bem que a gente esquece

Foto: Gabriela com 1 ano e meio. A.Vianna, Brasília, 2012.