O bronze do romeno Albert György (1949-) encontra-se às margens do lago Genebra, na Suíça. A escultura recebeu o título de Melancolia (2012).
O homem está sentado num banco, a cabeça pendida, os braços cruzados sobre as coxas e os pés apoiados no chão. Há um enorme buraco ocupando o que deveria ser seu tronco. Não há espaço para o coração, pulmões e demais vísceras.
A escultura sugere o estado de melancolia, mas pode despertar ainda outros sentimentos.
Solidão.
Pesadelo.
Vazio existencial.
Homem sem Deus (para os que crêem).
Ausência de sentido da Vida.
Desinteresse pelo mundo.
Fome.
Ausência de sentimentos.
Ansiedade, inquietação e medo.
Profunda desesperança.
Suicídio iminente.
Olhando para a morte.
Um homem morto.
Sonho de Kafka.
Cada expectador haverá de sentir algo de muito pessoal diante dessa escultura.
Para concluir, mais uma vez está presente a dicotomia entre o Belo e a Arte; a escultura é impressionante, de uma força imensa, possibilitando incontáveis associações, porém dificilmente poderia ser chamada de bela, em meu ponto de vista. (Para alguns, é bela!)
Gostaria muitíssimo de vê-la pessoalmente, para lhe perguntar Ei! você aí, com os pés no chão, o que pensa e sente?