Quem gosta de ler ou escrever, quase
sempre gosta de palavras. É um tipo de gente meio lelé-da-cuca, que também
gosta muito de dicionários, os berçários de palavras.
Catrâmbias!, diria o Evandro Affonso Ferreira.
Pois a cada ano, um júri (exatamente
esse tipo de gente!) designado pelo Dicionário Oxford de língua inglesa escolhe
uma palavra vencedora – a palavra do ano – com base em seu "potencial
duradouro" e sua "significância cultural".
A palavra do ano de 2012 foi
"GIF"; a de 2013 foi "selfie". Em 2014 o termo
"vape" (ligado aos cigarros de vapor) foi o vencedor.
Neste ano
de 2015, uma surpresa: uma não-palavra.
É a
carinha que solta lágrimas de tanto rir, oficialmente chamada de "rosto
com lágrimas de alegria". Um emoji.
Interessante isso, o fato de uma imagem
pictográfica usada para "expressar uma ideia ou emoção" receber o
título de palavra do ano sem ser uma palavra.
O emoji foi o vencedor entre 9
finalistas, dentre eles "refugiado", "bloqueador de
anúncios" (em inglês: "ad blocker"), "companhia
compartilhada" ("sharing economy") e "they" (pessoas de gênero não especificado).
O Dicionário Oxford considerou que os
emojis "foram abraçados como uma sutil forma de expressão, que pode cruzar
barreiras linguísticas."
Minha filha Cecília haverá de gostar!