A cachaça faz aniversário: nasceu há
500 anos, em 1516, em Pernambuco, segundo o registro de uma feitoria em
Itamaracá.
Sua produção espalhou-se por todo o
país, com peculiaridades regionais interessantes, preservando a qualidade do
produto.
Segundo o grupo Cúpula da Cachaça, os
50 melhores rótulos são o exemplo dessa diversidade. Nas dez primeiras posições
estão os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, que aparentemente não têm
tradição como produtores da nossa pinga. "Cada região tem traços históricos e
culturais que se traduzem em diferentes produtos", diz o engenheiro e
sommelier Jairo Martins, autor de "Cachaça, o mais Brasileiro dos
Prazeres" (ed. Anhembi Morumbi).”
Felipe Jannuzzi, idealizador do Mapa da
Cachaça, afirma que as diferenças aparecem em variáveis como cana, processo de
produção, envelhecimento e teor alcoólico da bebida.
O que dá cor à cachaça, por exemplo, é
a passagem por madeira. Essa tonalidade pode ir de um palha claro até um âmbar
escuro e o que define isso é uma equação que envolve tamanho de tonel, tipo de
madeira e tempo de armazenamento.
No Nordeste a cachaça geralmente é branca
e de teor alcoólico mais forte. Já no Rio Grande do Sul são utilizadas leveduras
selecionadas, com “controle de temperatura durante a fermentação e
acompanhamento da evolução da cachaça quando envelhecida”.
O Paraná tem a cachaça mais bem
colocada do ranking, a Porto Morretes Premium. Pequenos produtores, com
produção familiar, dominam a região.
Vale a pena ler o artigo de Marília
Miragaia na Folha de S. Paulo de hoje, com mais detalhes sobre o assunto
(endereço abaixo).
Seja lá de onde vier, seja bem vinda a
cachaça!