Guernica, no museu Reina Sofía, em Madri
“ONU pede desculpas à Espanha por seu “horrível erro” sobre Guernica, de Picasso”. Esta a manchete de hoje (18 set 2019) no El País, reportagem de Peio Riaño.
O site da ONU definia a tela como "forma de protesto artístico contra as atrocidades da República durante a Guerra Civil espanhola".
A tela, em verdade, refere-se a bombardeio da aviação nazista contra um povoado espanhol, e a ONU pediu perdão à Espanha pelo equívoco.
Informa a reportagem: “A cidade de Guernica, no País Basco (norte), foi bombardeada em 26 de abril de 1937 por aviões da Legião Condor, da Alemanha nazista, país aliado do ditador Francisco Franco. Estima-se que 31 toneladas de bombas incendiárias e explosivas tenham sido lançadas sobre a população ao longo de quatro horas. O objetivo era justamente devastar essa região basca.”
“Guernica foi uma encomenda do diretor-geral de Belas Artes, Josep Renau, a pedido do Governo da Segunda República espanhola, para ser exposto no pavilhão espanhol da Exposição Internacional de 1937, em Paris. A intenção, efetivamente, era propagandística, mas para atrair a atenção do público para a causa republicana em plena Guerra Civil.”
Guernica, sempre Guernica, uma das obras mais importantes de todos os tempos. Emocionante vê-la de perto. Na primeira vez que visitei o Museu Reina Sofía, ao entrar no salão onde Guernica estava exposta caminhei a passos largos em direção à pintura e um forte apito começou a tocar, eu podia ouvi-lo mas não entendia o porque do apito estridente, foi quando um guarda correu em minha direção e barrou minha caminhada, e então despertei do surto, voltei à realidade, percebi que violei o espaço de proteção do quadro, pedi desculpas e me afastei. O poder de Guernica!
A experiência foi marcante também pelo fato de que pude reconhecer perfeitamente meu surto psicótico em toda sua extensão.