quinta-feira, 18 de julho de 2013

16. Diário: 18/07/13


Recebi a visita do irmão, de corpo e alma, como quem recebe uma benção, um presente, uma dádiva. Ele despencou de São Paulo, deixou seus afazeres, e por dois dias estivemos juntos. Em muitos momentos, calados ambos, sem qualquer necessidade de verbalizar os sentimentos ali presentes, intensos. Isso acontece com as pessoas a quem amamos muito, este silêncio pleno de significados. Ouvimos música, especialmente duas sonatas para piano de Beethoven, magníficas. Conversamos sobre trivialidades, rimos de algum episódio relembrado da infância, acariciamos os cães, comemos a comida sempre saborosa daqui de casa, bebemos vinho. Quando nos despedimos no aeroporto, veio-me o nó na garganta, e restou a felicidade por tê-lo como irmão durante toda uma vida. Quando ele nasceu, eu já esperava por ele...


2 comentários:

  1. A emoção da despedida nos estrangula a ambos. O irmão retorna ao quotidiano com o irmão na algibeira.

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  2. Bonito de se ver uma amizade genuína assim...

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