1. Para quem
esperava o ferrolho suíço (os mais jovens provavelmente não conhecem a
expressão), os europeus surpreenderam com um futebol ofensivo, aberto, veloz, virando
o jogo e vencendo o Equador por 2 a 1, o último gol já na prorrogação.
Continuo usando a palavra “prorrogação”, gosto dela, trago-a comigo
desde a infância, e não vou abandoná-la só porque agora foi condenada pelos
comentaristas esportivos, que falam em “acréscimos”. Todo mundo entendia o que
se queria dizer com prorrogação.
Aconteceu o mesmo com a expressão "risco de vida"; todo mundo sabia que se tratava de risco de morte, mas alguém resolveu ser realista e condenou-a, passando a falar em "risco de morrer". É a mania do certo e do errado.
A língua é viva, fazer o quê! E eu sou teimoso...
Aconteceu o mesmo com a expressão "risco de vida"; todo mundo sabia que se tratava de risco de morte, mas alguém resolveu ser realista e condenou-a, passando a falar em "risco de morrer". É a mania do certo e do errado.
A língua é viva, fazer o quê! E eu sou teimoso...
Voltando ao jogo, os equatorianos não jogaram mal, faltou apenas um
pouco de coragem para atacar a Suíça. E técnica, é claro.
2. Desde os amistosos pré-Copa que a França vem jogando um futebol eficiente, com ótimo conjunto, harmonia entre defesa, meio de campo e ataque, obtendo resultados impressionantes, como o 4 a 0 contra a forte Noruega. Ontem passou fácil por Honduras: 3 a 0, com dois de Benzema, bom centroavante, o primeiro de pênalti bem marcado (enfim!). França, forte candidata ao título.
Pela
primeira vez entra em campo a tecnologia a favor da precisão no resultado das
partidas. No segundo gol da França, a bola bate na trave, rola sob a linha de
gol, choca-se contra o goleiro e entra. Entra? O chip instalado na bola garante
que sim. As imagens não deixam dúvida. Fácil demais! Sem discussão. É isso o
futebol? Não, respondo com convicção. Futebol é um jogo onde não há necessidade
de tamanha precisão. Se não, depois vamos conversar sobre o quê? Qualquer dia
desses vão inventar um juiz eletrônico para apitar os jogos. Assim caminha a
Humanidade...
(Numa
próxima crônica, se o gol for anulado contra o Brasil por causa desse chip, defendo
o ponto de vista contrário ao que acabo de expor. Paixão é paixão.)
3. O jogo mais interessante do domingo foi entre Argentina e Bósnia-Herzegovina. Podia acontecer de tudo, mas deu o mais provável: 2 a 1 para os companheiros de Messi. Jogo insosso, morno, sem graça, que começou com um gol contra logo aos 2 minutos, e que esfriou demais os bósnios. Logo no início do segundo tempo, outra paulada: belo gol de Messi. Daí pra frente não houve mais nada que prestasse. Nem o golzinho dos balcânicos animou o time, pregado em campo. Mas o Maracanã estava lindo!
Se
jogar assim contra o Brasil, a Argentina leva uma surra, dirão os ingênuos.
Contra o Brasil, os argentinos vão suar sangue e ranger os dentes. E morder de vez em quando.
A Argentina precisa melhorar muito. E o Messi só fez uma jogada - e foi gol. O resto do tempo, ficou andando em campo. Dizem que foi o quanto bastou. Sei nao.
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