1. Difícil
acreditar que foram os ingleses que inventaram o futebol. Se inventaram, nunca
aprenderam a jogá-lo. Mas até que surpreenderam no último jogo contra a Itália,
com bonitas trocas de passes, jogadas bem armadas, um belo gol de bate-pronto,
e não apenas aqueles costumeiros e sofríveis centros para a área adversária, na
esperança de um cabeceio de um inglês grandalhão. Mas não foi o suficiente para ganhar.
A Itália suou, mas foi de calor, não
é mole jogar na Amazônia, e ganhou com relativa facilidade. Para minha
surpresa, o time não recuou depois do primeiro gol, continuou jogando um
futebol franco, aberto, tranquilo, o que facilitou de certo modo o gol de
empate dos ingleses.
Os italianos desempataram com facilidade, numa deixada espetacular de
Andréa Pirlo (abrir as pernas tem muitos significados...). A Itália jogou o
suficiente para vencer de 2 a 1, seleção que tem camisa e se apresenta como
forte candidata ao título.
2. Nada de anormal na vitória de 3 a 0 da Colômbia sobre a Grécia, esta
talvez forte candidata ao pior time da Copa.
3. Vamos às zebras.
Proclamado o Grupo da Morte – Inglaterra, Itália, Chile e Costa do
Marfim –, ninguém contava que esta última fosse a morada da Morte. O Uruguai
foi o primeiro a cair nas garras da Morte. (Mas esta é ainda a primeira
rodada.)
O Uruguai, que também chegou ao Brasil cantando de galo, fazendo
constantes alusões à copa de 50 (quando eles dizem que gostariam de fazer uma
final contra o Brasil no Maracanã, estão fazendo alusão à copa de 50; ou isso
está na minha cabeça?). Com a primeira expulsão da Copa, saíram de campo
murchos os uruguaios, em que pese minha enorme simpatia por José Mujica.
4. O Japão nunca jogou futebol (eles correm atrás da bola), mas perder
para a Costa do Marfim foi demais! Perdeu de virada, 2 a1, de um time cheio de
vontade (por isso o jogo foi bom de assistir) mas sem técnica alguma. Dois
pernas de pau.
De qualquer maneira, ótimos jogos neste sábado, terceiro dia de Copa. Para
quem disse e diz “não vai ter copa”, os jogos até agora têm sido ótimos.
Impressionante o tal Pirlo no meio-campo. Faz toda a diferença. E sempre com uma corrida compassada e a fisionomia séria, quase triste. Os locutores gostam de comparar jogadores desse tipo a maestros. A mim me parecem cães pastores, a arrebanhar e encaminhar a manada para onde é preciso.
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