À hora do repouso noturno deitou-se com seu pequeno cão que, como de costume, se acomodou ao pé do leito. Ao lado jazia a Morte, com sua presença quase física, paciente silenciosa determinada.
Naquele estado de semiconsciência, do lugar mais secreto de sua alma, aflorou nítido o pensamento:
– Eis o sentimento da mais profunda solidão.
Passados alguns segundos o cão despertou, caminhou pelo leito e se aninhou em seu peito.
Sem pedir licença, a Morte se fastou, ciente de que fora apenas uma batalha perdida. Levou consigo a Solidão!
Profundo, íntimo e de uma delicadeza intensa! Gostei muito.
ResponderExcluirO cachorro com sua extraordinária grandeza.
ResponderExcluirSomos fãs, não é Ciça!
ExcluirAndré
Gostei muito, emocionante!
ResponderExcluirGenial. Quatro personagens bem descritos em poucas palavras. A Solidão e sua amiga poderosa sabem que não tem a mínima chance quando um cãozinho se aninha no coração do seu dono.
ResponderExcluirUma alegria receber seu comentário, querido Moisés.
ExcluirAndré