“Lula faz da defesa de ditaduras a sua cloroquina”. Este o ótimo título da crônica de hoje de Josias de Souza, colunista do UOL (23 nov 2021).
Afirma Souza: “A recente viagem de Lula à Alemanha, Bélgica, França e Espanha resultou num êxito político retumbante. ...De repente, exausto da própria liderança, Lula resolveu fazer gols contra. Depois de ser recebido com pompa por lideranças das mais festejadas democracias europeias, o presidenciável do PT afagou as ditaduras da Nicarágua e de Cuba numa entrevista ao diário espanhol El Pais.”
"Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder, e Daniel Ortega não?", disparou Lula durante a entrevista.
Difícil imaginar pergunta mais primária, infantil mesmo. A comparação é no mínimo ridícula. Daniel Ortega estabeleceu regime de terror na Nicarágua, com enorme quantidade de assassinatos. Reelegeu-se pela quarta vez, após encarcerar sete opositores. Ele é o retrato da corrupção e do autoritarismo.
Merkel, dona de biografia impressionante na condução do governo alemão, respeitadíssima em todo o mundo, manteve-se no poder através de eleições absolutamente democráticas, obedecendo fielmente à constituição do seu país e à vontade do povo.
Por quê Lula defende tanto as ditaduras de Cuba e Nicarágua, em contradição com o todo o mundo democrático?
E eu estava quase acreditando que ele havia mudado...
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