Ao meu amigo Moisés
Em sua crônica de hoje, Maria, para O Globo (27 fev 2020), Veríssimo fala de Olinda e seu museu de esculturas sacras. Destaca a figura de uma menina, cujo texto no chão da redoma informa tratar-se de Maria, mãe de Jesus, ainda criança.
E Veríssimo pergunta: “Agora, por que um ateu irremediável como eu está emocionado na frente dessa pequena maria solitária, a caminhos de ser a Maria mãe e santa? A menina que me olha através do vidro da vitrine não sabe, mas ela já é a Maria que Michelangelo esculpirá na sua “Pietá”, um filho morto no colo da mãe, toda a dor do mundo tirada de um bloco de mármore, e não há nada que eu possa fazer, minha filha.”
Linda a cena descrita pelo cronista! Mas o que desejo destacar mesmo é que, segundo Veríssimo, “O Fernando Sabino contava que um amigo seu dizia:
— Eu não acredito em Deus, mas tenho uma certa queda pela Virgem Maria...”
Eis aí um microconto perfeito!
Perfeitos, a crônica, o micro-conto e a emoção do escritor.
ResponderExcluirNada atormenta mais um descrente que a existência da crença...
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