Por mais absurdo que pareça, ainda se discute a ocorrência de possíveis efeitos colaterais das vacinas, como o autismo.
A tese de que a vacina contra a rubéola, caxumba e sarampo, conhecida como tríplice viral, provoca o autismo surgiu após a publicação de um artigo de Andrew Wakefield, em 1998, no The Lancet. O boato persiste até hoje.
Daí a importância do recente estudo desenvolvido na Dinamarca, envolvendo 600.000 crianças e publicado nesta segunda-feira no Annals of Internal Medicine, como mostra El País de hoje (6 mar 2019), por Carolina Garcia, com o título Vacinas não causam autismo: o mais amplo estudo do tema sai na Dinamarca.
Os pesquisadores “estudaram as características das crianças e o tempo decorrido desde a vacinação, um total de 657.461 nascidos na Dinamarca de 1999 a 2010, e as acompanharam desde o primeiro ano de vida até agosto de 2013.
Em todos os casos se avaliou se as crianças foram vacinadas, se tinham sido diagnosticadas com autismo, se havia algum membro da família com esse transtorno neurobiológica ou algum outro fator de risco para o autismo. No total, foram avaliadas mais de cinco milhões de pessoas, das quais apenas 6.517 crianças foram diagnosticadas com a incidência de autismo, dizem os autores, ou seja, 129,7 para cada 100.000 habitantes.
Não se observou nenhuma diferença entre as crianças vacinadas e as que não eram, e não se verificou nenhum risco adicional para padecer de TEA entre os vacinados.”
“Nossa conclusão é que a vacina tríplice viral não aumenta o risco de sofrer de autismo".
A óptica dos grandes números tem força para estabelecer a verdade.
De certo o boato anterior também se baseou em alguma estatística. Estatística só convence assim, com números grandes.
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