Tabichi entre Hugh Jackman e o príncipe Mohammed Ao Maktoum
“O melhor professor de 2019 é franciscano e tem um clube de ciência na parte mais remota do Quênia”, informa Elisa Silió, de Dubai (25 mar 2019).
Peter Tabichi, 36, é um monge franciscano que revolucionou o modo de ensinar matemática e física em uma aldeia remota do Quênia e é o vencedor do Global Teacher Prize, o prêmio concedido anualmente pela Fundação Varkey, de Dubai. O prêmio de um milhão de dólares deve ser usado para fins educativos.
Informa Silió: “Peter, que doa aos pobres quase todo seu salário, ensina na Escola Secundária Keriko, um colégio em Pwani, uma aldeia tão miserável do vale do Rift que 95% de seus alunos são pobres, um terço não tem pai ou mãe e os problemas com drogas, gravidez na adolescência e suicídios estão na ordem do dia. Por isso surpreende tanto que seus alunos, com idades entre 11 a 16 anos – alguns caminham sete quilômetros por dia para ir à escola – tenham vencido a competição nacional de Ciência e que a equipe de Matemática esteja classificada para um torneio científico e de engenharia no Arizona (Estados Unidos). É reconhecido assim o mérito de uma escola sem recursos, com uma proporção de 58 alunos por turma, um único computador e uma conexão precária à Internet.”
Tabichi criou um clube de ciências para motivar as crianças.
“Este ano, 10.000 candidatos de 177 países se inscreveram para o Global Teacher Prize. Depois de uma primeira seleção, ficaram 50 semifinalistas e, na final, restaram 10 com perfis muito diferentes, mas sempre com um comprometimento muito grande com uma comunidade estudantil cercada de problemas. Tabichi é o primeiro homem que vence, antes dele foram quatro mulheres – elas são maioria no ensino –, e nas apostas entravamos nomes de dois latino-americanos (a brasileira Débora Garofalo e o argentino Martin Salvetti) porque o subcontinente ainda não foi premiado, apesar de ter muitos semifinalistas.”
Parabéns aos iniciadores de um prêmio desses! Nem tudo está perdido.
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