a serpentear na superfície
as raízes da velha acácia
constroem montanhas
vales
picos nevados
labirintos sulcados
cansadas de habitar
as profundezas do chão obscuro
a sugar a seiva fecunda do húmus
entediadas do silêncio da terra
das umidades anônimas
do quieto solo
assomam sáurias cá fora
constroem cidade remota de grandes muralhas
contraponto da árvore imensa
terrosa simetria desfolhada
que o vento não faz oscilar
que prescinde de luz
garra amarra na terra
coração que não pulsa
apenas flui
sérias nobres raízes da velha acácia
Paulo Sergio Viana
Originalmente publicado no Blog do Paulo:
Tio Paulo é mesmo um grande poeta. Como queria ver seus livros nas prateleiras das livrarias. Sempre aprofunda seus temas. Maravilhoso
ResponderExcluirEste será o primeiro poema do novo livro, intitulado Raízes. Aguardem!!!
ResponderExcluirQuanta honra, este poetastro com lugar no "louco" !
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