Ruy Castro alerta: “Brasil corre o risco de, em breve, não ter professores para suas crianças.” (Aprender e Ensinar, Folha de S. Paulo, 16.jul.2018).
Apenas 2,4% dos jovens brasileiros pensam em se tornar professores (há 10 anos essa percentagem era de 7,5%.).
Afirma Ruy Castro: “Os motivos para tal desinteresse são conhecidos. Ser professor, em certas áreas das cidades, equivale hoje à possibilidade de, a qualquer momento, apanhar na cara. Não há respeito por parte da classe. Alunos dominam a sala, ignoram a presença do mestre, passam a aula ao celular e, se forem do ensino privado, sabem que têm imunidades junto à diretoria —esta nunca correrá o risco de perder uma matrícula. Outros motivos para o desinteresse pela profissão são os baixos salários e a falta de reconhecimento social. O piso fixado pelo MEC para professores que dão 40 horas semanais é de R$ 2.455,35.”
O quadro é desanimador. Perspectiva de melhora é nula a curto e médio prazos. Enquanto isso o país patina na lama da corrupção.
O cronista encerra com melancólica constatação: “E eu que, inocente, sempre achei que só havia uma coisa mais bonita que aprender — ensinar.”
Trágico. A mais importante profissão atirada na lama. É Brasil.
ResponderExcluirEra para ser a profissão mais valorizada, mais respeitada e mais bem paga. Contradição maior não há. Muito muito ruim o que ocorre em nosso país.
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