Em animada conversa com o amigo que crê, o ateu relata a interessante história da própria bisavó, que teve uma boa morte. Conta ele:
– Ela, passada dos 80, e a filha, minha avó, cultivavam o sagrado hábito de rezar antes de dormir. A velha já deitada e bem protegida do frio acompanhava em silêncio a Ave Maria e o Pai Nosso recitados em voz alta pela filha ajoelhada à cabeceira. Ao terminar, Boa noite, Boa noite, mais um dia vencido.
Naquela noite especial, finda a ladainha, Boa noite... Boa noite... Não se ouviu resposta. A filha levantou-se, repetiu junto ao ouvido da mãe e com voz mais forte Boa noite, e como não houvesse resposta, balançou-lhe o braço inerte. A velha estava morta.
Aquele que crê ouve com a máxima atenção o relato do amigo ateu. Este agora passa a falar com certo entusiasmo da boa morte que teve a bisavó, diz que gostaria muito de morrer assim, morte melhor não poderia haver, aquilo é que era morrer em paz!
E pergunta:
– O que será preciso para que se desfrute de tamanha dádiva?
O amigo que crê responde:
– Não custa tentar, experimente rezar antes de dormir...
Estou rindo até agora, muito boa André. Vai de encontro à história, que te contei, da ferradura na porta do célebre cientista que era ateu: Falaram que funciona até para quem não crê , então...
ResponderExcluirBoa, Sergio! São histórias complementares!
ExcluirConselho totalmente sem contraindicações!
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