Os chimpanzés de Fongoli fornecem evidências de como pode ser
estressante lidar com temperaturas que chegam a 43 graus.
Foto: Pixabay
Os cientistas costumam frequentar as florestas tropicais da África, onde os macacos vivem em grupos densos. As populações esparsas de chimpanzés que vivem nas savanas da África ocidental e central são muito menos compreendidas. As temperaturas em Fongoli, uma savana no Senegal, podem chegar a mais de 43ºC. Durante a seca, os incêndios deixam as árvores sem folhas e a terra ressequida. Como são nossos parentes vivos mais próximos, os chimpanzés da savana adotam estratégias de sobrevivência que podem trazer importantes pistas sobre a evolução humana.
É o que informa a reportagem de Carl Zimmer, para The New York Times (7 maio 2018), publicada no Estadão.
Afirma Zimmer: “Milhões de anos atrás, nossos ancestrais simiescos passaram gradualmente dos bosques para as savanas e começaram a andar de pé. Os chimpanzés de Fongoli demonstram o quão difícil deve ter sido essa transição – e como esse desafio pode ter impulsionado nossa evolução, do desenvolvimento das glândulas sudoríparas até a perda dos pelos e o caminhar em postura ereta.”
“Os chimpanzés da floresta obtêm bastante líquido das frutas, então precisam de menos água potável e podem perambular mais em busca de comida. Já os chimpanzés de Fongoli precisam de água diariamente e não saem de perto das fontes mais confiáveis. Enquanto os chimpanzés da floresta ficam ativos o dia todo, os chimpanzés da savana descansam por cinco a sete horas diárias. Chimpanzés da floresta dormem a noite toda em ninhos nas árvores. Mas os chimpanzés de Fongoli ficam agitados até tarde. Pruetz descobriu que, depois do pôr do sol, eles passam horas à procura de comida.”
Por mais que tentem diversas maneiras de se proteger do calor, os chimpanzés ainda sofrem com as altas temperaturas. “Esses chimpanzés estão fazendo tudo o que podem”, disse o pesquisador Pruetz.
“Quanto aos primeiros humanos, Daniel E. Lieberman, paleoantropólogo da Universidade de Harvard, explicou que “como e quando os hominídeos conseguiram lidar com o calor é um problema fascinante e sem solução”. Alguns pesquisadores acreditam que os primeiros hominídeos começaram a ficar de pé para alcançar as frutas das árvores. Peter Wheeler, da Universidade John Moores, de Liverpool, sugeriu que a postura ereta ajudaria os hominídeos a permanecerem mais frios em um ambiente árido. Na savana, andar de pé pode fazer a diferença.”
Em meu ponto de vista, os fenômenos englobados pela evolução das espécies constituem algo bem mais fascinante e fantástico, que atribuir a um único criador o surgimento da vida e do homem na Terra.
Melhor ainda se foi o Criador que criou a evolução das espécies!
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