Este blog, recentemente (13/11), postou
uma certa provocação, sob o título O
médico que lê é um médico melhor? O seguinte parágrafo resume as ideias do
Louco:
Uma boa
Educação, no sentido mais amplo da palavra, desde a infância, passando pela
adolescência, haverá de propiciar ao jovem que chega à universidade melhores
condições para a aquisição de conhecimentos profissionais, seja lá em que área
for. O contato com as Artes em geral, e em particular com a Literatura, faz
parte desta formação, tão importante para aquele que deseja ser um bom médico.
Voltamos
ao tema, agora expandindo-o a outros ramos da atividade humana, ou até mesmo a
TODOS os ramos da atividade humana. O engenheiro que lê... O advogado que lê...
O torneiro mecânico que lê... O deputado que lê... A lista pode não ter fim, e
a resposta será sempre a mesma. Sim, a leitura faz uma pessoa melhor!
Até que
me deparo com a brilhante crônica de hoje na Folha de S. Paulo (9/12), O dilmês em seu apogeu, de Ruy Castro. (http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2015/12/1716536-o-dilmes-em-seu-apogeu.shtml)
O articulista inicia citando Getúlio
Vargas, que “começava seus discursos com um longo, lento e sofrido "Trabalhadooooores
do Brasil..."; passa por Jânio Quadros e seu famoso "Fi-lo porque
qui-lo"; afirma que Lula “habituou-se a mentir, desmentir-se, dizer e
desdizer-se”; e conclui que, “à sua maneira, todos davam o recado.” Quanto à
presidente atual, Ruy diz que “Dilma Rousseff, diante do menor improviso,
acerta caneladas em palavras, períodos e significados.”
Ruy
Castro continua:
“Aposto
que, nos anos 60, quando deveria estar lendo "A Moreninha", "A
Mão e a Luva" ou "O Guarani", clássicos românticos da literatura
e então modelos de como falar e escrever, a menina Dilma estava mergulhada nos
manuais de Althusser, Plekhanov e Lukàcs, ásperos vade-mécuns do marxismo,
traduzidos do espanhol. Isso pode ter forjado o seu jeitão de caminhar, abrindo
caminho com os ombros, e principalmente sua crespidão mental.
Muita
gente pensa bem, mas se exprime mal. Dilma congrega o pior dos dois mundos.”
Mais claro e preciso, impossível! Resta
ao blogueiro acrescentar ao rol das perguntas desafiadoras, mais esta:
Um
presidente da república que lê é um presidente melhor?
Comparando a presidenta, Ex.Presidente Lula e o meu querido FHC, podemos concluir que : Sim!
ResponderExcluirAlias, é motivo de vergonha para mim comprar Fernando Henrique com os outros dois!
A leitura diminui a brecha que fica entre o pensamento e sua expressão. Atenua o "lutar com as palavras" de que fala Drummond. Para uma pessoa pública (um político, por exemplo) a capacidade de dizer claramente o que se pensa chega a ser vital.
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