segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ebola e o demônio


Com gritos de “Ebola saia de nossas vidas, Ebola é trabalho do demônio, Deus acabe com o Ebola”, o pastor Konteh Saidu exortava os fieis da Igreja Universal do Reino de Deus em Freetown, capital de Serra Leoa, na semana passada, segundo a enviada especial da Folha, Patrícia Campos Mello.(1)
A Universal (este nome está se tornando cada vez mais verdadeiro, e deve ser lido ao pé da letra; já há dois templos em Serra Leoa) reúne até 2.600 pessoas nos cultos dominicais, segundo a jornalista.
            E completava o pastor: “A Bíblia diz que todos que acreditam em Deus não vão morrer, e Deus está acima dos médicos”.
            Só podemos classificar este tipo de pregação religiosa como medieval. Afeta, acima de tudo, os mais simples e ignorantes, ludibriados pelos falsos profetas.
            A crença de cada um deve ser respeitada, mas há limites para isso. Quando o bem estar de toda uma população está ameaçada, é dever de todos esclarecer, e não confundir com crendices.
  

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