“There was a man of double deed”
é o primeiro verso de um poema anônimo clássico, que pode ser lido no original
no site: http://www.slate.com/articles/arts/poem/2008/11/there_was_a_man_of_double_deed.html
É com
prazer que publico aqui a bela tradução realizada pelo poeta, meu amigo, Aldo Pereira Neto.
Era um homem, que com
ambas as mãos,
Enchera o horto de muitos
grãos;
Quando os grãos começaram
a crescer,
Foi como se a neve não
cessasse de descer;
Quando a neve, então,
começou a se fundir,
Foi como a nau sem âncora,
livre pra partir;
Quando as velas se
enfunaram, algumas,
Foi como se aves não
tivessem mais as plumas;
Quando as aves desenharam
o céu, então,
Foi como se a águia não
voasse mais em vão;
Quando o céu, depois,
iniciara o seu rugir,
Foi como um leão, à porta,
sempre a ir e vir;
Quando a porta começou a
estalar,
Foi como um bastão, no
dorso, a penetrar;
Quando o dorso era só dor,
só agonia,
Foi como se uma lâmina o
rasgasse, fria, fria;
E quando o coração vazou
seu sangue em mim,
Foi morte, e
morte, e morte enfim.
Que belíssima tradução, mesmo quando não se dispõe do original! Lê-se como original em Português.
ResponderExcluirVi essa tradução sendo usada no episódio final da série "The Fall", exibida pela Netflix. Parabéns ao autor dessa linda tradução!
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