segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

75 anos da libertação de Auschwitz



Wojtek Radwanski / AFP



Em 27 de janeiro de 1945 soldados soviéticos entraram no campo de concentração de Auschwitz,  encontraram prisioneiros em precárias condições de saúde, à beira da morte. Caixas de documentos relatando as atividades do campo também foram encontradas. Eram os chamadas de "livros da morte", cujo conteúdo só seria revelado em 1991, após o fim da União Soviética. Nesta segunda (27) celebra-se o aniversário de 75 anos da liberação de Auschwitz, onde mais de 1 milhão de pessoas foram mortas.
Afirma Rafael Balago (27.jan.2020), para a Folha de S.Paulo, que “depois de Nuremberg, foi criado o conceito de crimes contra a humanidade, como saída para uma questão: muitos oficiais nazistas tentaram se defender dizendo que apenas seguiam ordens. A mudança na lei internacional passou a permitir a responsabilização dos executores de extermínios em massa, sem subterfúgios.”
“Nos anos 1960, houve um novo julgamento de nazistas, e novos fatos. A partir de 1970, historiadores israelenses buscam mudar a forma como se registra a memória do que ocorreu. "Passou-se a valorizar mais as histórias individuais, em vez de citar os grandes números. No lugar de mostrar uma pilha de sapatos, conta-se a história de um par e de quem foi seu dono", explica Carlos Reiss, coordenador-geral do Museu do Holocausto de Curitiba.”
            “Nas últimas décadas, conforme o prazo de sigilo de documentos oficiais de vários países expirava, historiadores vão desvendando como várias nações e instituições se comportaram em relação ao Holocausto. "Por que os Aliados não bombardearam os campos ou ao menos as linhas por onde os trens levavam os prisioneiros?", questiona Fernando Lottenberg, presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil). "Falta saber mais também sobre o papel das indústrias alemãs, que forneciam gás para as câmaras, por exemplo". "Ainda há muito a entender sobre qual foi o envolvimento de outros países, como os da América Latina, que foram colaboracionistas", conta Maria Luiza Tucci Carneiro, professora da USP e coordenadora do projeto Arqshoah, que reúne documentos e depoimentos relacionados ao Holocausto.”
            O problema holocausto ainda não foi completamente resolvido. A bem da História, as investigações precisam continuar, por vários motivos, entre eles para que aquele horror não se repita.



Um comentário:

  1. Como disse um jornal: Auschwitz visto agora, vazio, atração "turística", é ainda tão lúgubre quando devia ser, em plena atividade. Mas é preciso preservá-lo, como prevenção.

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