Professora e alunos em sala de aula de escola municipal
em Santana de Parnaíba (SP) – Foto Joel Silva / Folhapress
“Melhorar a profissão de professor é um bom começo”, afirma Claudia Costin, Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial (Folha de S. Paulo, 1º.fev.2019). Segundo Costin, esta deveria ser a agenda prioritária.
O ano começa com o estabelecimento da Base Nacional Comum Curricular, com as aprendizagens mínimas que qualquer aluno deve adquirir ao longo de sua escolaridade. Isso é muito bom. “Mas pesquisas internacionais mostram que o fator mais importante no processo educacional é o professor.” O que significa investir na formação do professor.
“Infelizmente, apenas 2,4% dos jovens brasileiros desejam cursar licenciaturas ou educação, contra 7,5% há cerca de dez anos. As razões são conhecidas: baixos salários e reduzido prestígio social da carreira.”
Costin levanta ainda um problema pouco discutido, mesmo entre especialistas: “as universidades não formam para a profissão. Há um total divórcio entre o que é ensinado em licenciaturas e a realidade do chão da escola. Fazendo um paralelo com a profissão de médico, cujo curso na universidade tem diálogo constante com a prática, o que fazemos para formar professores seria o equivalente a dar-lhes aulas sobre sociologia da medicina, história da medicina, filosofia da medicina e depois pedir a esses médicos recém-formados que operem um paciente.”
Daí a ideia de mudar os currículos das instituições que formam professores. “Deveríamos levar adiante a ideia, divulgada no fim do ano passado, de elaborarmos uma base nacional de formação docente, que inclua formação inicial e continuada.
Há muito que ser feito para melhorar a educação. Uma parte será avançar no que já foi decidido, outra será priorizar ações. Nisto, acerta o MEC quando estabelece que a alfabetização deve ser enfatizada, embora, naturalmente, precisamos discutir como fazê-lo.”
Outras recomendações importantes são “pagar salários melhores, contratar os docentes para jornadas semanais menos fragmentadas e, de preferência, numa única escola.”
Tudo é uma questão de Educação, gosta de repetir este blogueiro.
Primeiro, o governo devia cuidar da Educação. Segundo, também. Terceiro, também. Parece óbvio, não?
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