O abuso de opióides nos EUA – verdadeiro escândalo – tornou-se caso de saúde pública (ou caso de polícia), responsável, só por overdose, por mais de 60 mil mortes anuais.
Parece que a origem da epidemia teve a ver com a liberalidade com que médicos americanos passaram a prescrever analgésicos dessa categoria, provavelmente sob a influência da indústria farmacêutica.
Hélio Schwartsman trata do problema em sua coluna na Folha de S.Paulo de ontem (15.mai.2018), incluindo os usos e abusos da maconha.
Afirma ele: “Sou totalmente a favor da descriminalização e posterior legalização de todas as drogas, mas, se há uma estratégia de ação que me parece ruim, é a de defender a liberação da maconha com base em suas propriedades medicinais.”
E completa de forma enfática: “Maconha não é remédio. Ela é uma droga psicoativa especialmente complexa, que produz uma cascata de efeitos no corpo humano. Alguns deles têm usos para a medicina, mas a maioria apenas provoca agravos à saúde dos usuários. De um modo geral, são danos menores, mas, para alguns consumidores com predisposições genéticas, as consequências podem ser devastadoras.”
Ouvimos com frequência afirmações irresponsáveis de que o uso prolongado da maconha não traz malefícios, pois trata-se de droga inócua e “leve”. O desencadeamento de surtos psicóticos, às vezes irreversíveis, provavelmente em pessoas predispostas, tem sido descrito em abundância.
Apoiar-se, pois, no uso medicinal da maconha em certas situações, para defender seu uso recreativo disseminado é o que Schwartaman condena: “Não convém misturar as coisas. Se alguém quer curtir o barato da maconha ou de outra droga, não deveria ser impedido pelo Estado de fazê-lo. Mas também não é o caso de buscar a sanção da medicina para algo que faz muito mais mal do que bem.”
Este blogueiro assina em baixo, mesmo em se tratando de assunto tão controverso.
Também concordo. Estupidez, insistir na ideia de que maconha não faz mal!
ResponderExcluir