Vago por trilhas de uma floresta úmida
a pisar folhas secas
gravetos que estalam sob os pés
e se fragmentam
Vago pelo verde de pensamentos inapreensíveis
gotas de orvalho oscilam sobre teias frágeis
capturam insetos sentimentos reminiscências
pequenas e grandes acusações
ásperos arrependimentos
dúvidas numerosas como as raízes desse frondoso eucalipto
Vago pelo silêncio
translúcido amigo
companheiro de paragens
véu
consolo
vinho
afago
Vago por onde houver ainda acaso vazio
Vago equívoco
Paulo Sergio Viana
Poema publicado no Blog do Paulo:
Grato ao louco pela deferência!
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