O boneco de 4,5 mil anos encontrado
junto ao corpo de uma criança na Sibéria tem características faciais
cuidadosamente trabalhadas; com cerca de 5 centímetros, o objeto entalhado em
pedra sabão durante a Idade do Bronze é um dos mais antigos brinquedos já
descobertos.
Foto: Andrei Poliakov / IIMK-RAN
Deu
em O Estado de S.Paulo (03 Jan 2018), reportagem de Fábio de Castro:
“Um grupo de
arqueólogos da Rússia descobriu, no túmulo de uma criança da Idade do Bronze,
alguns dos mais antigos brinquedos já registrados na História. Os
artefatos de 4,5 mil anos - que incluem as cabeças de um boneco e de um animal
de brinquedo - pertencem à cultura Okunev, um grupo étnico pré-Histórico do sul
da Sibéria. Os corpos dos bonecos eram feitos de material orgânico e não
resistiram à ação do tempo, mas as cabeças se mantiveram preservadas, segundo
os arqueólogos.”
A cabeça do boneco, medindo 5 cm, mostra
uma face muito bem trabalhada, e foi encontrado em um túmulo de a uma
"criança comum", e não algum membro da elite local.
Uma
informação interessantíssima é que, segundo os arqueólogos, a antiga cultura
Okunev "não tem paralelos na Sibéria em termos de riqueza e diversidade
artística. Segundo Poliakov, o povo Okunev é considerado o grupo étnico mais
próximo dos indígenas das Américas.”
Os ancestrais dos Okunev podem ter
sido “os primeiros humanos a povoar o continente americano, há 12,6 mil anos.
Eles teriam utilizando embarcações primitivas para aventurar-se ao largo da
ponte terrestre coberta de gelo que ligava a Ásia à América do Norte, conhecida
como Beríngia.”
Na infância, os brinquedos são
fundamentais para o desenvolvimento psíquico da criança, através do exercício
da fantasia. Agora sabemos, desde 4,5 mil anos!
(Em tempo: essa data de
12,6 mil anos para o povoamento da América é bastante discutível, se não
completamente errada.)
Brincar, portanto, é coisa séria.
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