Brooklin, de John Crowley, é um filme delicado,
desses que não se fazem mais nos dias de hoje.
Em meio a tanta pancadaria (Mad Max, tão badalado, exagera na
violência e cansa o expectador; O
Regresso nos deixa exaustos, com pena do DiCaprio tanto que ele apanha, do
urso, dos índios, da vida...), Brooklin
conta uma história de imigração – nem tão dramática assim – mas que é capaz de
nos emocionar, pois o filme é bem feito, o roteiro bem adaptado, baseado no
romance homônimo de Colm Tóibín.
A mocinha Eilis, vivida por Saoirse
Ronan, candidata ao Oscar de melhor atriz, tem um desempenho sensacional. Quando
ela encontra o namorado, um italianinho bonito e amoroso, o filme ganha cores
de um certo romantismo exagerado, mas agrada a plateia, que torce pela
protagonista.
A historia
transcorre calmamente, Eilis parece adaptar-se bem à nova vida, porém o
expectador aguarda com ansiedade o surgimento de algum conflito. Isso é
interessante porque ocorre na vida real, com pessoas reais. Algumas delas não
suportam que a vida transcorra serena, feliz mesmo, e ficam permanentemente
esperando por uma tragédia. São incapazes de serem felizes.
Mas no
filme o conflito acaba por chegar. Surge a questão das escolhas, o que também
aplica-se à nossa vida cotidiana. De modo que, fiel à ideia de que um bom filme
é aquele capaz de provocar conversas ao final, regadas por um bom vinho, então Brooklin é um ótimo filme!
Quer dizer que cinema ainda pode ser um calmo entretenimento? Que bom!
ResponderExcluirPois é, feito pra você...
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