segunda-feira, 27 de abril de 2015

Ele, mais uma vez!



A Orquestra Sinfônica de Teerã, que já foi dirigida por maestros consagrados como Yehudi Menuhim, Isaac Stern, Maurice Béjart, havia sobrevivido a eventos traumáticos como um golpe de estado, a revolução islâmica, a guerra contra o Iraque. Porém, não sobreviveu a Mahmoud Almadinejad, que encerrou suas atividades sob o pretexto da falta de verbas.
O governo moderado de Hassan Rouhani trouxe de volta o maestro Alexander Rahbari, no exílio desde 1970. O retorno da Sinfônica de Teerã aos palcos há duas semanas foi tomado como o símbolo de um país que procura normalizar suas relações com o Ocidente.
A obra escolhida para evento tão significativo não poderia ser outra que não a Nona de Beethoven, também usada como hino da União Europeia! A primeira execução pública da Nona Sinfonia ocorreu em 7 de maio de 1824, na presença do compositor, completamente surdo à época. Quase 200 anos depois, o mestre alemão permanece atual, emocionante, capaz de tocar o coração dos mais diferentes povos do planeta.
O novo projeto iraniano inclui a apresentação semanal da Sinfônica, a formação de novos músicos  e maestros pelo país.
Bela iniciativa do Irã, na contramão do fundamentalismo religioso do Oriente Médio.



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