sexta-feira, 31 de maio de 2013

A Casa dos Bicos, Lisboa


De volta para casa pernoitamos em Lisboa, e num acidental passeio por Alfama, passamos em frente à Casa dos Bicos, e lá estava ele, num grande pôster, o grande homem que nos faz muita falta: José Saramago.
O edifício histórico data do século XVI, situado na Rua dos Bacalhoeiros. Visitamos o que se tornou uma espécie de museu, com fotografias, vídeos, alguns poucos objetos pessoais, manuscritos, e os livros, muitos livros, as diferentes edições em saberemos-lá-quantas-línguas, nada de muito aparatoso, talvez até um pouco triste. Condizente com o autor, pois não.
Compramos o livrinho A estátua e a pedra, título de conferência proferida por Saramago na Universidade de Turim, em 1997, e agora editada pela Fundação José Saramago (2013), em português e espanhol, com textos críticos de Luciana Stegagno Picchio e Fernando Gómez Aguilera.
Uma preciosidade a conferência de Saramago!
            Ele fala da construção de seus romances, mas fala acima de tudo da vida e dos homens.
Cita, de início, uma das intrigantes frases de Fernando Pessoa, “O que em mim sente está pensando”. E o homem racional que é, Saramago nos surpreende com a paráfrase “O que em mim pensa está sentindo”.
Não pode haver maneira melhor de se voltar para casa.






Sítio da Fundação José Saramago: http://www.josesaramago.org/

Fotos: Mercêdes e A.Vianna, Lisboa, 2013.

2 comentários:

  1. Nao pode haver, nao pode haver, de fato!

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  2. Bem-vindo, André! Estávamos com saudades das suas artes e letras!

    Em tempo: geminiana como Fernando Pessoa, nascido em 13 de junho, sempre compartilhei com o Poeta esse sentimento pensado: :)
    “O que em mim sente está pensando”.

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