De volta
para casa pernoitamos em Lisboa, e num acidental passeio por Alfama, passamos
em frente à Casa dos Bicos, e lá estava ele, num grande pôster, o grande homem
que nos faz muita falta: José Saramago.
O edifício histórico data do século XVI, situado na Rua dos Bacalhoeiros. Visitamos o
que se tornou uma espécie de museu, com fotografias, vídeos, alguns poucos
objetos pessoais, manuscritos, e os livros, muitos livros, as diferentes
edições em saberemos-lá-quantas-línguas, nada de muito aparatoso, talvez até um
pouco triste. Condizente com o autor, pois não.
Compramos o
livrinho A estátua e a pedra, título de conferência proferida por Saramago na
Universidade de Turim, em 1997, e agora editada pela Fundação José Saramago
(2013), em português e espanhol, com textos críticos de Luciana Stegagno
Picchio e Fernando Gómez Aguilera.
Uma
preciosidade a conferência de Saramago!
Ele fala da construção de seus romances, mas fala acima
de tudo da vida e dos homens.
Cita, de
início, uma das intrigantes frases de Fernando Pessoa, “O que em mim sente está
pensando”. E o homem racional que é, Saramago nos surpreende com a paráfrase “O
que em mim pensa está sentindo”.
Não pode
haver maneira melhor de se voltar para casa.
Sítio da Fundação José Saramago: http://www.josesaramago.org/
Fotos: Mercêdes e A.Vianna, Lisboa, 2013.
Nao pode haver, nao pode haver, de fato!
ResponderExcluirBem-vindo, André! Estávamos com saudades das suas artes e letras!
ResponderExcluirEm tempo: geminiana como Fernando Pessoa, nascido em 13 de junho, sempre compartilhei com o Poeta esse sentimento pensado: :)
“O que em mim sente está pensando”.