Paula Vianna na Austrália
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
Vida longa aos traficantes
Deu em O Estado de S.Paulo de hoje (27
Fev 2018), reportagem de Carla Araújo e Tânia Monteiro.
“Em seu discurso de posse como
ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann criticou o comportamento da classe média que,
segundo ele, apesar de reclamar da insegurança, é usuária de drogas que
financiam o crime”.
Disse o ministro: "Me
impressiona o exemplo do Rio, durante o dia [pessoas] clamarem contra a
violência, contra o crime, e à noite financiarem esse mesmo crime através do
consumo de drogas.”
Esta é uma verdade há muito conhecida
de todos nós. Não houvesse consumidor, não haveria traficante. Espero alguma
repercussão da fala de ontem do ministro na mídia, nas redes sociais, mas até
agora nada encontrei. Seria interessante ouvir o que pensa sobre isso a tal Classe
Média, se ela puder tirar a carapuça e falar.
Reconheço que o problema é complexo e
de ordem mundial, mais um motivo para que seja ventilado abertamente pelos
consumidores de drogas.
Quanto ao abuso do álcool (droga lícita!?),
é interessante notar o realismo às vezes agressivo das campanhas contra a
bebida e direção. Por causa dos acidentes produzidos pelos veículos,
verdadeiras armas de matar, o enfoque sempre é Se beber não dirija. Tudo bem,
dirigir bêbado não pode, mas ficar bêbado e não dirigir, isso pode?
As consequências sociais do
alcoolismo são devastadoras em todo mundo. No entanto, parece que a sociedade
vira as costas para o problema, e o mesmo ela faz com o uso das drogas ditas
ilícitas. Em consequência, vida longa aos traficantes.
O ministro (mestre em discursos
vazios, em minha opinião) desta vez botou o dedo na ferida.
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Miniconto surrealista
“O
corpo de Cristo está em falta na Venezuela. Às vezes, o sangue
também. Com a escassez de alimentos, padres têm tido cada vez mais dificuldade
de dispor de hóstias e vinho para a Eucaristia nas missas do país, onde 96% da
população é católica.”
A
notícia saiu no Estadão de hoje (27 Fev 2018), em reportagem de Luiz Raatz, e mais parece um
miniconto surrealista. Ou um duplomicroconto, com menos de 280 toques.
Recomeça mal o JB
“É estranho a imprensa chegar antes
da PF”, diz Jaques Wagner.”
Esta foi a
manchete exibida pelo Jornal do Brasil de hoje (27 fev 2018), diante do mandado
de busca e apreensão da Operação Cartão Vermelho.
Continua o jornal: “o ex-governador
da Bahia e ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Jaques Wagner, criticou a
ação da Polícia Federal”.
“Em tese a ação preparada pela PF
deveria ser sigilosa, mas como tem acontecido há vazamentos e a polícia
chega depois do próprio órgão de imprensa”, criticou, acrescentando que o
inquérito existe desde 2013 e que ele já havia sido chamado para prestar
testemunho.”
"A própria delegada afirma que
eu fui e colaborei e de repente vem uma ação de busca e apreensão totalmente
desnecessária. Infelizmente, estão desvirtuando e politizando essas ações numa
tentativa clara de criminalizar e destruir as lideranças do PT”, lamentou o
ex-governador.”
Bem, a reportagem nada fala sobre o
mérito do mandado de busca e apreensão. Apenas transmite a queixa do senhor
Jaques Wagner, dando a entender que se está cometendo uma injustiça. O viés
político-partidário é escandaloso.
Recomeça mal o JB.
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